Postagens

Silentismo (silêncio + brilhantismo

É engraçado pensar em nossos músicos favoritos ainda no começo. Preparando-se para se apresentar numa esquina, quando ainda ninguém sabia quem eram. Surge a pergunta: se você estivesse lá, passando pela calçada enquanto eles tocavam uma de sua primeiras obras-primas, teria notado? Teria parado para ouvir?   É estranho que algo tão vibrante como a arte possa ser quase invisível. Raramente olhamos a arquitetura, ou saboreamos cada bocado de uma refeição bem preparada, ou paramos para prestar atenção na música de fundo, que é bem melhor do que tem o direito de ser. Só depois que alguém comenta é que você passa a ouvir.   Podemos nos perguntar quanta genialidade existe ao nosso redor, escondida bem à vista, só esperando para ser notada. Quem sabe com quantos Van Gogh você já cruzou na rua, ocupados fazendo seu trabalho, faltando apenas alguns anos para serem descobertos? Talvez a próxima Emily Dickinson more bem ali no fim da rua, com uma obra-prima não publicada, e talvez, como nós, nem f

Carta dirigida à pessoa que entalhou iniciais no pinheiro vivo mais antigo da América do Norte

Conte-me como é viver sem  curiosidade, sem assombro. Velejar em águas límpidas e revirar os olhos para os recifes de algas que balançam abaixo de você, ignorar o brilho de escamas de sereia na névoa, olhando para o mundo e sentindo apenas tédio. Ficar em pé na beirada de algum desfiladeiro selvagem, as águias voando em círculos, uma manada de caribus retumbando lá embaixo, e bocejar com indiferença. Descobrir  algo primordial e sagrado. Ter o cheiro da terra te dando boas-vindas a todos os lugares. Assimilar tudo isso e então, sacar uma faca. Matthew Olzmann

Imagine que seu celular é um livro e repense como você o usa

  Original: rosieleizrowice.com/blog/fone-addiction Nossa sociedade ainda não chegou a um consenso em relação às regras de etiqueta para o uso de celulares. Nossos telefones se tornaram presença constante em todos os momentos de nossas vidas, mas ainda não temos normas claras em relação a quando seria inadequado usá-los. Na maioria das situações, 3 ou 4 conselhos simples geram mais ou menos 80% dos benefícios possíveis. Quanto a não ser um abominável viciado em celular, tento seguir a seguinte regra: Nunca fique olh ando seu celular numa situação em que não seria apropriado ler um livro. É sério. Por exemplo, você não começaria a ler um livro no meio de uma conversa com alguém. Ou enquanto assiste a um filme. Ou em um show. Ou enquanto dirige. Ou em uma reunião. Mas se trocar o livro por um celular, aí tudo bem. Por outro lado, seria perfeitamente aceitável, por exemplo, ler no metrô ou no ônibus. Ou na hora do almoço. Ou na sala de espera do dentista. Ou em qualquer situa

Anotações: como ter mais ideias

Anotações: como ter mais ideias  Original: rosieleizrowice.com/blog/ideation O longo dos últimos quatro anos, juntei um emaranhado de milhares de anotações sobre coisas que acho interessantes ou úteis. Elas foram tiradas de livros, postagens de blogs, músicas, tweets, páginas da Wikipédia, artigos de notícias, postagens de fóruns, coisas que as pessoas dizem e ideias que surgiram no meu cérebro. Assim como já compartilhei antes algumas anotações minhas, aqui está uma seleção das minhas anotações sobre como ter ideias: de onde as ideias vêm, como ter mais ideias, como ser criativo e assim por diante. (Partes marcadas como 'Pensamentos' são meus próprios pensamentos escritos na forma de lembretes ou resumos.) Abrace a serendipidade  'De Onde Vêm Boas Ideias', de Steven Johnson 'Os padrões são simples, mas, se adotados conjuntamente, ajudam a criar um todo mais sábio que a soma de suas partes. Faça uma caminhada; cultive intuições; anote tudo, mas mantenha suas pa

Breve Introdução à Economia da Atenção

Original Um tempo atrás escrevi um post bem longo e super detalhado   sobre a economia da atenção: como e porque a big data está sequestrando sua mente . Para ser sincero, nem   eu   leio mais artigos super longos na internet. Não consigo prestar atenção por tanto tempo (Oops...)   Então, para ser justo, decidi republicar o artigo em quatro partes, com pequenas edições para que ficasse mais fácil de ler. Consulte o artigo original para referências.   Sem mais delongas...   ­­­­____   Em 1997, Michael H. Goldhaber escreveu na revista  Wired : "A moeda da Nova Economia não será o dinheiro, mas a atenção – uma teoria radical do valor".   O artigo foi intitulado  “Attention Shoppers!”  (“Compradores de atenção”, em tradução livre)   Quase uma década depois da "teoria radical" de Goldhaber sobre a economia da atenção,  o primeiro iPhone  entraria no mercado, o que deu às empresas de tecnologia acesso sem precedentes à psicologia humana e transformou radicalmente o tecido

Experimente mais coisas: os benefícios dos autoexperimentos de 30 dias

Original:  rosieleizrowice.com/blog/self- experimentation   Será que flutua?     A  arqueologia experimental  é um campo de estudo em que os pesquisadores aprendem mais sobre a História recriando algo que as pessoas no passado fizeram ou usaram para ver como ela funciona. Por exemplo, pesquisadores tentaram transportar pedras do mesmo tamanho e peso que as usadas em Stonehenge por distâncias semelhantes usando a tecnologia disponível na época para ver como isso poderia ter sido feito.   Coisas inesperadas sempre acontecem quando uma teoria se encontra com a realidade. Pôr à prova uma hipótese fazendo algo tangível no mundo real pode trazer à tona informações que não aparecerem ao teorizar ou estudar hipóteses.   Não importa o quanto tenhamos aprendido em teoria sobre, digamos, uma técnica de construção de canoa que acreditamos que as pessoas usavam há mil anos, experimentá-la nós mesmos é a única maneira de responder a uma simples pergunta: será que ela flutua?   São necessárias evidên

‘Cabelo quântico’ pode resolver paradoxo dos buracos negros de Hawking, dizem cientistas

Hannah Devlin 17 de março de 2022   Original:  https://www.theguardian.com/science/2022/mar/17/quantum-hair-could-resolve-stephen-hawking-black-hole-paradox-say-scientists Com novas formulações matemáticas, não seria preciso uma grande mudança de paradigma na Física  O Paradoxo da Informação dos buracos negros, demonstrado por Stephen Hawking, atormentou os cientistas por meio século, levando alguns a questionar as leis fundamentais da Física. Agora, os cientistas dizem que podem ter resolvido o infame problema, mostrando que os buracos negros têm uma propriedade conhecida como "cabelo quântico". Se isso estiver correto, será um avanço  importante na Física Teórica.   O Prof. Xavier Calmet, da Universidade de Sussex, que liderou o trabalho, disse que depois de trabalhar por uma década na matemática por trás do problema, sua equipe fez um rápido avanço no ano passado, levando-os a acreditar que finalmente o paradoxo foi resolvido.   “Na comunidade científica em geral